Nos últimos anos, muito se tem estudado sobre o tratamento com as aplicações intravítreas de anti-VEGF e corticóides. Algumas doenças mostraram boa resposta com esses tratamentos e iremos explicar quais são elas e como essas medicações atuam.
Existem atualmente três tipos de anti-VEGFs disponíveis no mercado, são eles: Aflibercepte (Eylea), Ranibizumabe (Lucentis) e Bevacizumabe (Avastin). Todos possuem ação de impedir o estímulo angiogênico presente na coroide e na retina e com isso, induzir a regressão dos vasos mal formados que cursam com edema macular e acúmulo de fluido subretiniano.
Além dessas medicações, existem também aquelas compostas pelos corticoides: implante de dexametasona (Ozurdex) e triancinolona. Estas por sua vez, são potentes anti-inflamatórios e auxiliam também na resolução de edema macular com essa fisiopatologia.
Quais as doenças tem melhora com essas injeções?
O grupo de anti-VEGFs mostrou benefício no tratamento de 3 principais doenças:
- Degeneração Macular Relacionada a Idade (DMRI) exsudativa: doença comum em idosos que cursa com a formação de uma membrana neovascular e acúmulo de fluido subretiniano com baixa de visão associada.
- Edema Macular Diabético: ocorre aumento da permeabilidade dos vasos retinianos em pacientes diabéticos mal controlados, pela lesão da parede dos vasos. Isso resulta em vazamento de líquido intraretiniano, espessamento da retina e baixa de visão associada.
- Oclusão de Veia Central da Retina (OVCR) e Oclusão de Ramo de Veia Central da Retina (ORVCR): Pacientes hipertensos mal controlados possuem risco aumentado de obstrução de vasos retinianos. A consequência é o vazamento de líquido intraretiniano com edema macular associado. Também evoluem com baixa de visão.
Nesse grupo de doenças as injeções de anti-VEGFs são capazes de diminuir esse acúmulo de líquido na retina, diminuindo a inflamação, a formação de vasos mal formados e reduzindo o vazamento de líquido para o interior da retina, com melhora da anatomia e consecutivamente da visão.
As aplicações de corticoide também são úteis nas duas últimas doenças. Geralmente o uso é indicado naqueles pacientes que não tiveram boa resposta aos anti-VEGFs ou naqueles com doenças com grande componente inflamatório associado.
Como é feito o tratamento?
O tratamento é realizado com aplicações mensais em centro cirúrgico. Inicialmente é realizado uma aplicação por mês nos primeiros três meses. Posteriormente as aplicações são espaçadas em 6, 8, 10 e 12 semanas após melhora completa ou quando tiver atingido a melhora máxima de reabsorção do fluido (Treat and Extend). O exame Tomografia de Coerência Óptica (OCT) é importante no seguimento desses pacientes para avaliação da espessura macular e no planejamento do tratamento.
As Injeções Intravítreas doem?
O desconforto é mínimo, uma vez que o procedimento é muito rápido e são utilizados colírios anestésicos durante a aplicação. O paciente pode retornar as atividades no mesmo dia do procedimento.
Quanto tempo até começar a perceber a melhora?
O tempo para a melhora é variável, mas a maioria dos pacientes já referem melhora da visão nos primeiros dias após a aplicação. Após o terceiro mês, geralmente os resultados são muito satisfatórios.
Ficou com alguma dúvida? Agende sua consulta e seja avaliado por um especialista em retina e vítreo.
Dra Nathália Corbelli Roberti- CRM 165234
Especialista em Retina e Vítreo
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